"O que alguns chamam de morte da lagarta, outros chamam de nascimento da borboleta." Jean-Yves Leloup
23 de julho de 2013
22 de julho de 2013
As histórias que somos
Nós, seres humanos possuímos a capacidade de raciocinar, de utilizar o pensamento em prol do que queremos, e ainda, a habilidade de transformar e aprender novas formas de pensar. Quando o ser humano se encontra vivenciando processos mais complexos como a perda de um ente querido; sintomas de ansiedade; depressão; ritos de passagem como a adolescência, a menopausa, a aposentadoria; dificuldades em relacionamentos; situação de stress pós-traumático, dentre outros, entra em ação uma grande colaboração dos nossos pensamentos e atitudes. A forma que as pessoas enfrentam esses processos é a chave para abrir as portas possíveis de lugares onde predominam a positividade, o auto-reconhecimento, potenciais e o desenvolvimento de habilidades.
Ouvir uma única possibilidade de si mesmo, abrir apenas uma porta e pensar apenas de uma maneira limitam a imensidão de caminhos e histórias que fazemos todos os dias e o ser humano com toda sua dinamicidade e adaptabilidade não é uma história definitiva de si mesmo, como diz a autora nigeriana Chimamanda Adichie: "Todas as histórias que vivi fazem-me quem eu sou, mas insistir somente nas histórias negativas da minha vida é superficializar minha experiência e negligenciar muitas outras histórias que me formaram".
No processo terapêutico o cliente é estimulado por meio de técnicas e linguagem específicas a exercitar os seus pensamentos, expandí-los, movimentá-los, saudavelmente, tornando-os cada vez mais fortalecidos. Dessa forma o percurso para encontrar, descobrir, rememorar, criar e ressignificar as suas diversas histórias amplia-se à medida que o pensar e o sentir vão se transformando e adquirindo novas formas e conteúdos, protegidamente.
Bianca Galindo
14 de julho de 2013
A ilha do Pode ser
Era uma vez uma tartaruga que vivia em um lago com um grupo de peixes. Um dia a tartaruga saiu para uma volta em terra. Ela ficou fora do lago por algumas semanas. Quando retornou encontrou alguns peixes. Os peixes perguntaram a ela, “Senhora Tartaruga, olá! Como vai você? Não temos visto você aqui nas últimas semanas. Onde você estava?” A tartaruga disse, ‘Eu estava em terra, passei algum tempo na terra seca”. Os peixes ficaram confusos e disseram, “Lá na terra seca? O que você está dizendo? O que é esta terra seca? É molhada?” A tartaruga disse, “Não, não é”. “É agradável e refrescante?”. “Não, não é”, “Tem ondas ou marés?”, “Não, não tem ondas nem marés”. “Você pode nadar nela?”. “Não, você não pode”. Então os peixes disseram, “não é molhada, não é fria, não tem ondas, você não pode nadar nela. Então essa sua terra seca deve ser completamente não-existente, apenas uma coisa imaginária, nada real afinal”. A tartaruga disse, “Bem, pode ser” e deixou os peixes para outra volta na terra seca.”