10 de abril de 2013

Re estabelecendo o andar


  Um cliente estava comentando como vinha se sentindo tomando uma medicação psicotrópica receitada pelo seu médico psiquiatra e que estava pensando em suspender a psicoterapia, afinal fazer o movimento de apenas tomar um comprimido à noite estava lhe proporcionando menos esforço e achava que dessa forma já estaria melhor para continuar sua vida e todas as situações que envolve vivê-la. O que ele parecia não se dar conta é que a medicação não é  uma solução mágica que dissolve todos os seus problemas e/ou a forma de lidar com eles.

   Convidei-o então, para observar uma sala de fisioterapia que existe bem em frente ao consultório que atendo, lá entrava uma pessoa se apoiando com um par de muletas, ela estava com um pouco de dor e naquele momento era difícil conseguir pisar o pé no chão. Naquele fase estava sendo extremamente necessário e útil ir até fisioterapia fazer o tratamento adequado para se reabilitar, cuidando do que é preciso ser cuidado para colocar o pé fortalecido no chão novamente. Mas enquanto ela apresentava esse quadro no pé, ela ainda tinha o seu dia-a-dia pra ser vivido, tarefas a serem executadas, ideias para colocar em prática e até mesmo chegar a clínica de fisioterapia continuar seu tratamento. Nesse tempo, o uso das muletas foi de extrema importância, sem elas, nesse caso específico talvez o tratamento fosse até inviabilizado, o que poderia tornar esse processo  mais complexo. 

     À medida que se tratava com a fisioterapia e trabalhava os aspectos importantes relacionados com a recuperação daquele pé, se sentia muita mais confortável e segura para ir abandonando as muletas que já não encontravam mais função ali.

    E agora eu fico me perguntando como seria se esse cliente resolvesse apenar usar as muletas e dispensar o tratamento fisioterapêutico sem ainda poder andar com seus próprios pés...






Bianca Galindo

4 comentários:

  1. Que linda história, nos fala pricipalmente para não nos acostumarmos às muletas, vamos passar por esta etapa e um dia deixar de usar muletas para andar com nossas próprias pernas!

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  2. Bela intervenção metaforicamente prática. Gostaria de saber se o cliente se convenceu ^^

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  3. Olá, Marcelo!

    Posso dizer que o cliente continua fazendo a terapia, sem faltas, fazendo as tarefas... Acredito que dessa forma está seguindo bem ^^

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